quarta-feira, 30 de abril de 2014

Lindbergh e Jandira Feghali promovem união entre PT e PCdoB no Estado

29/4/2014 13:56
Por Redação, com Bruno Ferrari/ACS - do Rio de Janeiro


Jandira e Lindberg (C) comemoram a união entre o PT e o PCdoB no Estado do Rio
Jandira e Lindberg (C) comemoram a união entre o PT e o PCdoB no Estado do Rio
Pré-candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro na legenda do PT, o senador Lindbergh Farias consolidou, nas últimas 24 horas, o apoio de uma das legendas que mais cresce no país. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciou, na noite passada, a decisão de apoiar a candidatura do líder petista, por uma decisão majoritária de sua direção estadual. O PCdoB retirou a pré-candidatura ao governo da deputada federal e líder da bancada comunista em Brasília, Jandira Feghali, para integrar uma aliança, já histórica, com o Partido dos Trabalhadores, em defesa das reformas estruturais, ou como chama Jandira, “as reformas de base do século XXI”.
Os dois partidos convocaram o ato político, realizado no centro da cidade, que lotou as dependências de um hotel com a forte presença da militância e de quadros políticos de direção das duas legendas, além de intelectuais, integrantes dos movimentos sociais e sindical, artistas, parlamentares, entre outras personalidades progressistas.
No auditório lotado, o ambiente era de entusiasmo e confiança. A mesa do ato foi composta pelo presidente estadual do PCdoB, João Batista Lemos; pelo presidente estadual do PT, Washington Quaquá; pelo senador Lindbergh Farias; a deputada Jandira Feghali; a deputada federal Benedita da Silva; deputado estadual Zaqueu Teixeira; o vice prefeito do Rio, Adilson Pires; o deputado estadual Robson Leite; Ronaldo Leite, presidente da CTB; e também pelo representante da CUT.
Antes dos pronunciamentos, o médico e ex-secretário de Saúde do Estado do Rio José Noronha fez a leitura de um manifesto composto e assinado por intelectuais, artistas, acadêmicos, e nomes progressistas e importantes do cenário político-social do Rio de Janeiro. Após a leitura do manifesto, o presidente estadual do PT, Washington Quaquá foi o primeiro a falar e fez questão de valorizar a aliança com o PCdoB e a unidade da esquerda na busca por um Rio de Janeiro e um Brasil mais justo para a classe trabalhadora:
– Nós que somos de esquerda, que somos socialistas, comunistas, queremos a mudança social e protagonismo do povo, nós não queremos o povo somente como eleitores, não queremos o povo como massa de manobra. Nós queremos o povo como agente da transformação social. E aqui eu não tenho dúvida, que nós do PT e os companheiros do PCdoB, que Lindbergh e Jandira, são no Rio um projeto pra mudar a vida do povo do Estado, para acabar com a hegemonia conservadora do Rio de Janeiro, para acabar com essa gente que trata o povo como um detalhe, que trata a favela como um território a ser ocupado, e que trata os negros, os pobres e os trabalhadores como se fossem inimigos a serem abatidos – afirmou o presidente do PT regional.
Presidente do PCdoB, João Batista Lemos, por sua vez, valorizou a unidade, e afirmou que o momento é de unir forças para avançar cada vez mais.
– Desde 2003, fizemos uma virada, e o momento agora é de unidade, de unir forças para defender esse ciclo de mudanças iniciado por Lula e continuado por Dilma. Esse é o momento importante de defender as conquistas sociais desses governos de Lula e Dilma (…) É necessário um núcleo de esquerda, é necessário defender as conquistas sociais, mas também é preciso avançar na luta pelas reformas estruturais em nosso país. É preciso articular as conquistas com a necessidade da mudança. Por isso aqui no Rio de Janeiro, a resolução da reunião que nós tivemos na direção estadual do PCdoB, contando com a generosidade de Jandira, com esse pensamento mais estadista, de abrir mão da candidatura ao governo do Estado para compor uma Frente de esquerda e popular aqui no Rio de Janeiro, apoia a candidatura de Lindbergh Farias para governador – afirmou Batista.
Novo ciclo
Na sequência, o senador da república e pré-candidato ao governo do Estado pela Frente composta pelos comunistas e petistas, Lindbergh afirmou ser necessário “um novo ciclo de mudanças em nosso país, para que a gente continue avançando”.
– Mas precisamos ter unidade, e por acho que aqui no Rio de Janeiro estamos apenas no começo de um processo; a unidade do PT e do PCdoB é uma largada de um processo,e que eu tenho certeza que no final de tudo nós vamos conseguir construir uma grande Frente Popular para disputar e ganhar as próximas eleições. Nunca foi tão necessário um governo de esquerda no Rio de Janeiro, um governo que dialogue com o povo e com a juventude, que tenha capacidade de fazer mediações. É preciso construir um novo caminho e é isso que aliança do PT e do PCdoB sinaliza aqui. Uma aliança que agregue gente, que pense que a saúde, a educação, a vida das pessoas deve ser tratada como prioridade – pontuou Lindbergh.
O senador petista ainda fez questão de agradecer e elogiar o PCdoB e seu comprometimento com a luta por avanços do país e com o projeto da esquerda.
– Queria muito agradecer ao PCdoB, nenhuma força política é tão responsável e comprometida com um projeto de esquerda no Brasil como o PCdoB. O PCdoB nunca hesitou, em nenhum momento, em apoiar nossa presidenta Dilma. Jandira Feghali, que é uma das maiores referências da esquerda no Brasil, reconhecida aqui no Estado em setores populares, no meio da Cultura, agrega muito pelo seu trabalho na área da saúde. Jandira é um nome que orgulha a esquerda brasileira e a esquerda do Rio de Janeiro – acrescentou.
Durante o discurso, Lindbergh formalizou o convite, em nome da candidatura e do PT, para que Jandira Feghali seja a candidata ao senado pela Frente Popular construída pelos dois partidos.
Entusiasmo
Na sequência, Jandira falou e afirmou a importância dessa unidade de esquerda para a construção de um projeto mais avançado e popular no Rio de Janeiro, e salientou que o partido e ela recebem com muito entusiasmo o convite para a candidatura ao senado, e que o tema será debatido pela direção comunista nos próximos dias.
– Esse momento caracteriza uma primeira resposta que nós do PCdoB avaliamos importante, nós vivenciamos esses meses de luta política no Estado, com a aliança da situação no Rio de Janeiro dizendo que a esquerda vivia no isolamento, que esse isolamento perduraria e que nós não teríamos nenhuma chance. Então o PCdoB, como força consciente política e de esquerda, entendeu que o seu movimento em direção a essa unidade política era dizer aos conservadores desse Estado que nós não permitiríamos esse isolamento e que nós construiríamos uma unidade de esquerda no Rio de Janeiro para ganhar as eleições desse ano – afirmou Jandira.
Jandira salientou, ainda, que o objetivo da nova aliança é “construir uma plataforma avançada, porque temos que dar um salto para frente”.
– Não há como conviver mais com uma política que discrimina e mata o seu povo por falta de políticas públicas. Temos que olhar para esse estado de uma outra forma. Estamos confiantes nessa nossa capacidade política para conseguir essa vitória, e dar uma grande virada na história política do Rio de Janeiro, uma grande vitória do povo do nosso Estado – concluiu.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Busca por alianças transforma PSD em 'noiva' em São Paulo

Mesmo com assédio, direção do partido pretende disputar a eleição com uma chapa puro sangue
Agência Estado

A corrida eleitoral para o governo do Estado de São Paulo, considerada "a joia da coroa" nas eleições gerais, depois do pleito presidencial, começa a mobilizar os principais concorrentes, que lutam contra o tempo e contra os adversários para fechar as alianças partidárias que irão dar sustentação às suas campanhas.
Nas eleições anteriores, o PMDB era um dos partidos mais disputados, em razão do tempo de TV e de sua capilaridade, e por essa razão era chamado de "noiva": todos queriam conquistar a sigla. Nestas eleições, pode-se dizer que o objeto de disputa será o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.
Mesmo com o assédio dos virtuais concorrentes, a direção do PSD tem avisado que a ideia é disputar a eleição em São Paulo com uma chapa puro sangue, encabeçada por Kassab, com a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, como vice e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles na disputa ao Senado Federal. Kassab aposta na candidatura própria para consolidar sua legenda com a formação de uma boa base parlamentar na primeira disputa em um pleito majoritário.
Sabatina Record News/R7: saiba o que pensam os pré-candidatos ao governo de SP
Apesar da disposição dos pessedistas, os adversários, sobretudo o PMDB, não desistiram de fechar uma aliança com o PSD, integrando o ex-prefeito de São Paulo e Meirelles na chapa encabeçada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Uma liderança do PMDB disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a legenda tem um prazo para aguardar a adesão ou não do partido de Kassab.
— O tempo do PMDB é até o dia 10 de maio. Não podemos esperar 'a noiva' pois, se nos abandonarem, podemos ficar sozinhos no altar, como já ocorreu em outras eleições.
O argumento é de que, além das conversas com o PSD, o partido está tentando atrair o PDT e outras siglas menores.
PT
O PT do ex-ministro Alexandre Padilha também está correndo atrás das alianças. Há cerca de uma semana, os petistas ganharam a adesão do PCdoB e, agora, buscam apoio de outras siglas, como o PP de Paulo Maluf.
Para se contrapor à adesão do PCdoB à campanha do concorrente, o PSDB de Geraldo Alckmin anunciará, em breve, o apoio em bloco de cinco partidos nanicos: PTN, PTC, PTdoB, PMN, PEN e PSL. Dirigentes tucanos informam que a legenda está também em conversas adiantadas com PTB, PPS, DEM e Solidariedade. Uma liderança tucana informa: "negociamos ainda com o PP e o PROS", complementando que até mesmo o PSD está na lista dessas conversas.
O PSB do ex-governador e virtual candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, é ainda uma incógnita na corrida eleitoral ao governo do Estado de São Paulo. A sigla esteve, em pleitos passados, aliada com os tucanos, inclusive com cargo na gestão estadual de Geraldo Alckmin. O próprio presidente da sigla no Estado, Márcio França, demonstrou o desejo de continuar caminhando com o PSDB. Contudo, a resistência de Marina Silva, vice na chapa presidencial de Campos, em apoiar os tucanos no maior colégio eleitoral do País poderá levar a sigla a lançar uma candidatura própria.
Assim como o PMDB, o PSDB também tem prazo para aguardar a decisão do PSB: final de maio. Um dos líderes tucanos diz que, se o PSB quiser manter a tradicional aliança entre as duas siglas, poderá indicar um nome na chapa majoritária ou ao Senado Federal. A dois meses das convenções partidárias, que oficializarão os candidatos às eleições de 2014, o fechamento das alianças partidárias estará na pauta de prioridades dos candidatos que pleiteiam o Palácio dos Bandeirantes.
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  • sexta-feira, 11 de abril de 2014

    domingo, 6 de abril de 2014

    Sete governadores renunciam aos mandatos em razão das eleições

    Deixaram o posto os governadores de RJ, PE, MG, AM, PI, RR e TO.
    Governadores que vão disputar a reeleição não precisam sair.

    Do G1, em Brasília
     
    Sete governadores renunciaram aos mandatos até esta sexta-feira (4) para concorrer a outros cargos nas eleições deste ano. Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Omar Aziz (PSB-AM), Wilson Martins (PSB-PI) e José de Anchieta Júnior (PSDB-RR) devem disputar o Senado. Eduardo Campos (PSB-PE) é pré-candidato à Presidência da República. Siqueira Campos (PSDB-TO) deixou o mandato para permitir ao filho disputar o governo estadual.
    Não precisam deixar o cargo aqueles governadores que tentarão a reeleição ou aqueles que pretendem terminar o mandato sem concorrer no dia 5 de outubro. Devem buscar a reeleição Tião Viana (PT-AC), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Agnelo Queiroz (PT-DF), Renato Casagrande (PSB-ES), Marconi Perillo (PSDB-GO), Simão Jatene (PSDB-PA), Ricardo Coutinho (PSB-PB), Beto Richa (PSDB-PR), Tarso Genro (PT-RS), Confúcio Moura (PMDB-RO), Raimundo Colombo (DEM-SC), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Jackson Barreto (PMDB-SE).

    Permanecerão no cargo até o fim do mandato os governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL); Jaques Wagner (PT-BA), Cid Gomes (PROS-CE), Roseana Sarney (PMDB-MA), Silval Barbosa (PMDB-MT) e André Puccinelli (PMDB-MS).

    O prazo para os governadores que pretendem disputar eleições deixem os mandatos termina neste sábado (5), seis meses antes do pleito. O mesmo prazo de "desincompatibilização" também vale para juízes, secretários estaduais, ministros, membros de tribunais de contas e dirigentes de estatais e órgãos públicos, conforme calendário estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
    Até esta sexta (4) havia expectativa da renúncia de Cid Gomes (PROS), mas ele no fim da tarde ele anunciou que permanecerá no governo do Ceará. Roseana Sarney (PMDB), que cogitava renúncia, também anunciou nesta sexta que permanecerá no governo do Maranhão até o fim do mandato.

    Veja abaixo quem assume em cada um dos estados:
    Rio de Janeiro
    O vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) assume o governo a partir desta sexta-feira (4) e deve disputar a eleição para governador, em outubro. Prefeito por dois mandatos em Piraí (Sul Fluminense), Pezão foi eleito vice de Cabral em 2006, assumindo também a Secretaria de Obras, mas deixou o posto em setembro do mesmo ano para maior dedicação ao governo.
    Pernambuco
    Assumirá o governo nesta sexta o vice João Lyra Neto (PSB), que também deve dar posse a um novo secretariado no estado. Empresário do setor de transportes, Lyra Neto foi eleito vice ao lado de Campos em 2007. No ano seguinte, assumiu a Secretaria de Saúde e mais tarde coordenou projetos na Segurança e na Educação.
    Minas Gerais
    Toma posse no governo o vice Alberto Pinto Coelho (PP). Antes de ser eleito vice-governador de Anastasia, em 2010, foi deputado estadual por quatro mandatos na Assembleia Legislativa, que presidiu entre 2007 e 2009. Com carreira em cargos de gestão em estatais do estado, ele atualmente preside o PP em Minas.
    Amazonas
    Assume o governo o vice José Melo (PROS), eleito com Aziz em 2010. Economista e professor, participou desde os anos 1990 de várias administrações no estado, como secretário nas áreas de Educação, Cultura, Desenvolvimento Agrário, Interior. Também presidiu a Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias.
    Piauí
    Assume o governo o vice José Filho (PMDB), que deverá compor um novo secretariado para o estado. Empresário e industrial, atualmente preside Federação das Indústrias do Piauí e participa da direção do Sesi e do Senai no estado. Antes de ser eleito vice em 2010, foi vereador, prefeito e deputado estadual por dois mandatos.
    Roraima
    O governo ficará com o vice Chico Rodrigues (PSB), eleito em 2010 com Anchieta Júnior. Engenheiro agrônomo, foi secretário estadual e depois vereador em Boa Vista. Foi eleito deputado federal em cinco mandatos. Antes de se filiar ao PSB em 2012, passou pelo DEM, pelo qual foi eleito vice-governador, e pelo PMDB.
    Tocantins
    Com a renúncia do governador Siqueira Campos (PSDB) e do vice João Oliveira (DEM), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Sandoval Cardoso (SDD), assume o governo do Tocantins. Siqueira Campos deixou o mandato para que seu filho, Eduardo Siqueira Campos (PTB), seja candidato ao governo estadual.

    sexta-feira, 4 de abril de 2014

    Como no Ceará, PT sacrificará candidatos em outros Estados para fortalecer Dilma

    Por Luciana Lima - iG Brasília |
    • Partido abrirá mão da vaga ao Senado para Ciro se candidatar. No Rio, sem Lula, Lindbergh tem dificuldade para trazer aliados
    Para priorizar a aliança nacional entre PT e PMDB com vistas à reeleição da presidente Dilma Rousseff, a cúpula do PT tem defendido que algumas candidaturas do partido poderão ficar sacrificadas em nome da coligação. No Rio de Janeiro, ponto mais tenso da relação entre os dois partidos aliados, o senador Lindbergh Farias (PT) já foi confirmado como candidato ao governo. No entanto, a costura de aliança não tem contado com a cúpula do partido. No Ceará, onde o PT local havia decidido lançar José Guimarães ao Senado, o PT nacional garantiu ao PMDB que fará valer o acordo que dará ao ex-ministro Ciro Gomes (PROS) a vaga para a disputa. A candidatura de Ciro deverá ser anunciada nesta quinta-feira (3).
    Leia mais: Ciro Gomes anunciará sua candidatura ao Senado nesta quinta-feira
    José Cruz/ABr
    Lindbergh Farias já foi confirmado como candidato do PT no Rio, mas não conta com a cúpula do partido na costura de aliança
    Essa ausência de figuras nacionais do partido para atrair os aliados tem gerado dificuldades para Lindbergh. Ele tem mantido conversas com PCdoB e com o PROS. Os dois partidos sustentam teses de candidaturas próprias ao Palácio da Guanabara e se dizem ressentidos com a falta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas conversas. Integrantes desses partidos ainda não descartam totalmente a composição com o PT. Às duas legendas, Lindbergh tem oferecido a vaga para a disputa ao Senado ou a de vice-governador na esperança de fechar um acordo.
    A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) tem dito que pode ser candidata ao governo ou ao Senado, caso Lula entre na campanha no Rio. Há, no entanto, dentro do PCdoB, a avaliação de que a melhor opção seria ela se candidatar à reeleição como deputada federal. Já o deputado Miro Teixeira segue na construção de sua candidatura ao Palácio da Guanabara e na montagem do palanque no Rio para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Sou candidato ao governo, só isso”, repetiu Miro. “Já disse a Lindbergh que ele seria um ótimo vice na minha chapa. Somos amigos, gosto dele”, brincou.
    Dirigentes nacionais do PT rebatem dizendo que, em um ambiente de disputa com tantos aliados, não há como o ex-presidente entrar no jogo de forma explícita. Na disputa no Rio, as candidaturas no campo governista estão pulverizadas. Além da candidatura de Lindbergh, estão confirmadas as candidaturas de Anthony Garotinho (PR), aliado do Planalto, Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca, e Luiz Fernando Pezão (PMDB), que conta com grande simpatia de Dilma e com uma aliança mais ampla de partidos costurada pelo governador Sérgio Cabral.
    “Como é que ele vai entrar em uma situação dividida como essa?”, questionou um integrante da cúpula do partido. Já o presidente do PT, Rui Falcão desconversa: “Tem que se perguntar para o Lula, se ele vai ou não vai”, disse. “Na campanha, a Dilma não vai a nenhum palanque no Rio”, garante.
    Dilma não estará na campanha, mas tem apoiado Cabral e a candidatura de Pezão nesta fase de pré-campanha, mantendo o chamado “discurso republicano” para participar de eventos, como a inauguração da linha 4 do Metrô, na quarta-feira. “Porque ela tem que ir à inauguração de uma linha de metrô que ainda não está nem pronta”, resmungou um petista.
    O desfecho no Ceará é mais um exemplo da prioridade dada pelo PT à campanha nacional em detrimento das relações locais. Para o PT nacional, a aliança ampla no Ceará é fundamental. A ideia é formar um palanque amplo para Dilma no Nordeste e fazer frente à influência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na região.
    Guimarães foi um dos principais incentivadores da aproximação entre os irmãos Gomes e Eunício Oliveira. Caberá agora a ele, convencer o partido no Estado a rever a decisão tomada no último fim de semana de lançá-lo ao Senado na coligação com o PMDB.
    Na quarta-feira, assim que recebeu a resposta dos irmãos Gomes de que estariam juntos na eleição, o senador Eunício de Oliveira conversou com o presidente do PT, Rui Falcão. “Ele me garantiu que o PT não será problema. Teremos uma chapa ampla”, disse o senador.
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