sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ministro reforça agenda em SP às vésperas de deixar a Saúde

  

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Além da Campus Party, onde declarou o fim do convênio da Saúde com ONG fundada por seu pai, o ministro Alexandre Padilha agendou pelo menos outros sete compromissos na capital paulista entre ontem e hoje.
Padilha passou a manhã de ontem no lançamento de programa do SUS para pessoas com doenças raras. À tarde foi a evento de associação de higiene e cosméticos e a um congresso de odontologia.
Hoje ele será recebido no Sindicato dos Comerciários. Depois, terá compromisso em um hospital da capital e, à tarde, Padilha irá a São Bernardo do Campo para visitar o Samu. A seguir participará de evento no Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado com seu substituto na Saúde, Arthur Chioro.
Ontem, no evento de tecnologia, Padilha participou da apresentação de dois aplicativos criados por sua pasta e falou com jovens na Campus Party. Não quis falar de eleição: "Podem se preparar que vocês vão me acompanhar muito aqui em São Paulo".
O PSDB entrará com ação na Justiça Eleitoral contra Padilha alegando que ele fez campanha antecipada em sua aparição na TV: "O ministro usou um minuto de seu tempo na TV para falar de vacinação e três para fazer promoção pessoal", disse o presidente do PSDB paulista, deputado Duarte Nogueira.

Padilha na Campus Party

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Zanone Fraissat/Folhapress
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Alexandre Padilha visita a Campus Party no pavilhao do Anhembi, em São Paulo

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

PT do Rio decide se antecipar e já entrega cargos hoje

Lindbergh diz que partido queria

deixar o governo Cabral há muito

tempo e agora se sente “livre”

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RIO — O PT vai se antecipar ao governador do Rio, Sérgio Cabral, e entregará hoje mesmo os cargos que mantém no governo estadual. Na madrugada de sábado, como antecipou o site do GLOBO, Cabral enviara ao presidente regional do PT, Washington Quaquá, um e-mail comunicando sobre a exoneração dos petistas, que seria feita na próxima sexta-feira. Hoje, Quaquá toma café da manhã com o governador, no Palácio Guanabara. Já vai com a lista dos petistas.
— A gente está querendo sair há muito tempo. Mas houve uma movimentação do governador junto ao Palácio do Planalto e ao PT nacional, para impedir. Sempre colocava em xeque uma ameaça de rompimento da aliança nacional com o PMDB. Mas agora o governador entendeu que é irreversível. Que exonere logo. Não queremos que fique mais ninguém do PT — disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pré-candidato ao governo.
Quaquá calcula que o número de cargos seja de 200. Saem os secretários Carlos Minc (Meio Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Assistência Social). O presidente do PT, que chegou a defender um aliança com o PMDB, com Lindbergh à frente da chapa, agora vê como impossível tal composição. Ele afirma que o rompimento no Rio não afetará a aliança nacional com o PMDB.
— Para nós, a saída deveria ter sido em novembro. Ficamos para atender a um pedido da direção nacional. Esse e-mail do Cabral recebemos com alegria. Até ajuda a gente. Mas seria até deselegante falar em aliança, acho que está descartada. Temos nosso candidato. Eles têm o deles (o vice-governador Luiz Fernando Pezão). — diz Quaquá, afirmando que, desde a eleição de Lula, o PT conquistou o “eleitorado da massa popular”, e que é hora de atrair esse eleitores também no Rio.
Cabral tomou a decisão irritado com a decisão do PT de antecipar de 31 de março para 28 de fevereiro a saída do governo. Cabral soube por e-mail, meia hora antes, que aconteceria o encontro formalizando a decisão, no último dia 17, na sede do Sindicato dos Bancários, no Rio. Ali, Lindbergh já intensificara suas críticas ao governador. A decisão abre espaço no governo para novos aliados, como o Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força (que ocupará a Assistência Social).
Segundo Cabral, na última reunião das cúpulas do PT e do PMDB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria deixado claro que não interferiria mais no Rio, como em outros tempos (em 1998, a direção nacional fez uma intervenção contra a candidatura de Vladimir Palmeira ao governo).
— Lula disse que não violentaria o Rio outra vez. Estamos muito satisfeitos com o desfecho. É como terminar um casamento ao qual a gente quer dar fim a um bocado de tempo. Estamos livres — disse o senador,


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sábado, 25 de janeiro de 2014

Casado com Dilma, PMDB namora com antagonistas da presidente nos Estados (Josias de Souza)

 
No casamento entre PMDB e PT a felicidade conjugal é muito difícil. Quando existe, é extraconjugal. Em vários Estados, essa felicidade conjugal só será possível a três. Ou a quatro. Longe de Brasília, algumas das principais lideranças do partido de Michel Temer, o vice de Dilma Rousseff, namoram com o PSB de Eduardo Campos e com o PSDB de Aécio Neves.
No Rio Grande do Norte, o PMDB de Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, prepara o lançamento da candidatura do ex-senador peemedebista Fernando Bezerra numa mega-aliança que incluirá o PSB, o PSDB e, talvez, até o DEM. Momentaneamente afastado da política, Bezerra tornou-se um personagem nacional na década de 90. Eleito senador pelo PMDB em 1998, virou líder do governo FHC no Senado. No ano seguinte, o presidente tucano nomeou-o ministro da Integração Nacional.
A despeito desse passado, digamos, emplumado, o PT potiguar se dispõe a aceitar o nome de Fernando Bezerra. Mas impõe duas condições. Primeiro, reivindica que seja acomodada na chapa, como candidata ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (a despeito da coincidência de sobrenome, ela não é parente do outro Bezerra). Em segundo lugar, o PT exige que a coligação seja composta apenas por legendas governistas.
Henrique Alves e seu primo, o ministro Garibaldi Alves (Previdência), torcem o nariz para o par exigências. Para o Senado, preferem a ex-governadora Wilma de Faria, do PSB de Campos. E não abrem mão da inclusão do PSDB de Aécio na canoa. Cogita-se delegar ao tucanato a indicação do vice. Quanto ao DEM, comandado no Estado pelo senador José Agripino Maia, a condição para que se integre à caravana é o rompimento com a governadora ‘demo’ Rosalba Ciarlini Campeã de impopularidade, ela é mantida no cargo por força de liminares judicias.
Em Roraima, o PMDB de Romero Jucá, ex-líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado, também ambiciona a felicidade conjugal a três. Ali, o PT deseja fazer de sua senadora Ângela Portela a próxima governadora. E Jucá faz o que pode para impedir. Apoiará a candidatura de Chico Rodrigues, do PSB de Campos. Para vice, seu filho, o deputado estadual Rodrigo Jucá, atual secretário de Educação da capital Boa Vista, comandada por Tereza Surita, ex-senhora Jucá.
Fechando a chapa majoritária idealizada por Romero Jucá, disputará a cadeira de senador por Roraima o atual governador do Estado, José de Anchieta Júnior, do PSDB de Aécio. Embora trame contra os interesses do PT, Jucá potencializa seu prestígio político cavalgando os programas sociais do governo federal. Nesta sexta-feira (24), o senador trotou uma solenidade de entrega de 450 chaves do programa Minha Casa, Minha Vida, orgulho de Dilma Rousseff.
“A casa própria é o sonho da família brasileira, e em Roraima não é diferente”, discursou o inimigo local do PT. “Portanto, não vamos descansar até cumprir todas as nossas metas. Só em Boa Vista serão construídas 5 mil casas em 4 anos.” Fez questão mencionar a prefeita e ex-mulher: “Neste primeiro ano de governo de Teresa já entregamos mil casas. E para este ano de 2014 já temos aprovadas mais 520 habitações pelo Minha Casa, Minha Vida.”
Nas pegadas do pai, o futuro candidato a vice-governador Rodrigo Jucá também cuida de vincular sua imagem aos feitos do governo federal. No ano passado, estrelou peças publicitárias do PMDB local. Numa, intitulada ‘O PMDB sabe fazer’, disse que a força do partido pode ser medida “pelas obras e projetos sociais que ele traz para a cidade” de Boa Vista. Ao fundo, aparece uma cliente do Bolsa Família sacando o benefício num caixa eletrônico (assista abaixo).

Chama-se Marcelo de Castro o candidato do PMDB ao governo do Piauí. Vice-líder do partido na Câmara, ele integra o grupo político leal ao vice-presidente da República. Já comunicou a Michel Temer que irá às urnas de 2014 tendo como vice o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes, do PSDB, e como candidato ao Senado o atual governador piauiense Wilson Martins, do PSB. Também informados, Aécio e Campos abençoaram o arranjo. Sobretudo porque ele exclui o PT.
No Ceará, o PMDB disputará o governo com Eunício Oliveira. Atual líder da legenda no Senado, Eunício gostaria de dispor do apoio de Dilma, de Lula, do PT e do governador cearense Cid Gomes (ex-PSB, hoje no Pros). Mas Cid tem planos de lançar um candidato próprio. E o petismo cearense vira a cara. Mas Dilma e o PT federal pendem para o projeto do governador. Abespinhado, Eunício negocia com Aécio uma composição com o PSDB.
Se o tricô cearense prosperar, o PSDB será representado na chapa de Eunício por um desafeto de Lula: Tasso Jereissati. Alijado do Senado em 2010, quando Lula se empenhou pessoalmente em derrotá-lo, Tasso ambiciona retomar o assento de senador em 2014. Para não ser tachado de dissidente, Eunício reivindica em Brasília a realização de uma pré-convenção do PMDB. Ocorreria em abril. E serviria para liberar as alianças extraconjugais nas praças onde o acerto com o PT tornou-se inviável.
É o que sucede também na Bahia, onde o peemedebista Geddel Vieira Lima, outra amigo de Temer, planeja disputar o governo em aliança com PSDB e DEM. O fenômeno pode se repetir no Rio de Janeiro, onde o governador Sérgio Cabral, em litígio com o PT do senador Lindberg Farias, busca novos parceiros. Candidato ao Senado, Cabral quer fazer vice Luiz Pezão seu sucessor. De resto, a encrenca pode se estender ainda à Paraíba. Na bica de ser preterido por Dilma na reforma ministerial, o senador Vital do Rego, cacique do PMDB paraibano, ameaça oferecer apoio à candidatura do tucano Cássio Cunha Lima, que cogita concorrer ao governo do Estado.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Rede quer rompimento com o PSDB e candidatura em Minas

Texto postado no Facebook fala em “dar fim à hegemonia” dos tucanos e “oxigenar” a gestão



     
       

ELEICOES 2010
União. Fiel a Marina Silva, Zé Fernando defende a candidatura própria do PSB e pode ser a opção

PUBLICADO EM 23/01/14 - 04h00

Se depender das lideranças da Rede Sustentabilidade, o apoio do PSB à chapa encabeçada pelos tucanos ao governo de Minas pode naufragar, a exemplo do cenário que vem se desenhando em São Paulo.
 


Em nota postada ontem no perfil do diretório estadual da Rede no Facebook, os “marineiros” pedem o lançamento de uma candidatura própria para por fim à “hegemonia do PSDB em Minas Gerais”. Conforme a nota, a Rede quer “oxigenar” a prática política no Estado “desgastada com o rodízio de velhos grupos no poder e há muito tempo incapaz de ousadia e inovação”. O alvo da crítica é o PSDB, que, no fim do ano, completará 12 anos à frente do Executivo.
Para o ex-deputado federal José Fernando Aparecido, militante da Rede que se filiou ao PSB após a adesão da ex-senadora Marina Silva à sigla, é importante que o partido tenha candidato próprio nos principais colégios eleitorais do país, como São Paulo, Minas e Rio.
“O PSB tem uma candidatura nacional, que pode ser com a Marina, e que é uma alternativa à polarização PT-PSDB. Isso também se desdobra nos Estados”, afirma.
A aliança entre tucanos e socialistas tem como principal defensor o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Ele vem afirmando, reiteradamente, que a tendência de sua legenda é apoiar o candidato tucano ao governo. Provavelmente o nome lançado pelo PSDB será o do ex-ministro Pimenta da Veiga.
O secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirma que o partido não tem se movimentado para lançar um candidato ao Palácio Tiradentes. Ele destaca, porém, que o caso de Minas é diferente do de São Paulo e de outros Estados. “Em São Paulo e no Rio, não se trata somente da posição da Rede. Nós do PSB também somos a favor de lançar um nome próprio”, explica.
Locais. O presidente do PSB em Minas Gerais, deputado Júlio Delgado, afirma que a prioridade da legenda é construir um palanque de apoio no Estado para a chapa de Eduardo Campos (PSB) e Marina. Ele destacou, porém, a importância de traçar acordos mirando o segundo turno.
Já o presidente do PSDB estadual, deputado Marcus Pestana, questiona a legitimidade da Rede. “Vamos dialogar com a Rede em Minas Gerais quando ela tiver existência institucional e jurídica. Nosso diálogo é com o PSB, onde a Rede se encontra abrigada”. Pestana ainda alerta que a postura da Rede, reativa a alianças em Estados, como São Paulo, “pode levar Eduardo Campos a um extremo isolamento”.
São Paulo
Racha. Em São Paulo, o apoio do PSB à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) estava praticamente selado até o mês passado. Após pedido de Marina Silva, a sigla cogita lançar candidato próprio.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Aliado de Dilma, PSD busca aliança com PSDB no Rio

Presidente do PSD no Rio, Indio da Costa será candidato ao governo e mira aliança com tucanos
  •   Agência Estado

Aliado do governo Dilma no âmbito nacional, o PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, costura no Rio de Janeiro uma aliança com o PSDB comandado pelo senador Aécio Neves (MG), possível adversário da petista na próxima eleição presidencial.
O Estado é o terceiro maior em número de eleitores do País. Atualmente, o PSD ocupa a Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, que tem status de ministério no governo Dilma.
Uma outra pasta pode ser entregue ao partido na reforma ministerial que deve ser anunciada após a presidente Dilma retornar de viagem internacional no próximo dia 29.
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O presidente estadual do PSD no Rio, Indio da Costa, disse que será candidato ao governo do Estado e que em seu radar de alianças estão os tucanos. Nas últimas eleições, ainda no DEM, Indio da Costa foi vice na chapa do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra.
— Vou ser candidato a governador e estou costurando aliança com os partidos que não estão na base do governo federal. A prioridade é o PSDB, mas as decisões serão tomadas lá na frente.
Segundo ele, as áreas de saúde e segurança pública estão entre os principais temas que deverão debatidos na campanha.
— A prioridade será a saúde e a segurança pública, dois problemas fortes aqui no Rio. O que posso dizer na segurança pública é que vamos garantir a permanência das UPPs [Unidade de Polícia Pacificadoras], queremos aprimorá-las. Na saúde implementar um modelo com pessoas que sejam formadas para a gestão da área. Fazer um trabalho voltado para resultados.
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Panorama Político - 20-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
Alerta vermelho              

                 A paciência do governo está chegando ao limite com o presidente do Atlético Paranaense, Mario Petraglia. A obra da Arena da Baixada está enroscada. A presidente Dilma e o ministro Aldo Rebelo (Esportes) trataram do assunto semana passada. O governo não pode recorrer à construtora. Ela é de amigos do cartola. O estádio, que deve receber quatro jogos, pode sobrar.

PMDB: “stand up comedy"
Uma sonora gargalhada tomou conta do Palácio do Jaburu na noite de quarta-feira. Depois de extravasar o descontentamento com os rumos da reforma ministerial e da relação eleitoral nos estados com o PT, a cúpula do PMDB jantava com o vice Michel Temer, quando um dos presentes fez uma intervenção surpreendente e recheada de ironia. Lá pelas tantas, ele brinca: “O Michel vai assumir na próxima semana. Ele devia aproveitar que a Dilma está viajando. Ele demite, nomeia e faz a reforma ministerial". A descontração tomou conta do ambiente. E, mesmo sendo brincadeira, os peemedebistas presentes à reunião insistem em dizer que não lembram quem foi o gaiato.

A reação aos rolezinhos tem uma dimensão preconceituosa. As pessoas associam aquela correria nos shoppings com os arrastões na praia

Luís Adams
Advogado-Geral da União

A todo vapor
A CUT publicou texto na internet defendendo os “rolezinhos”. O secretário de Juventude da entidade, Alfredo Santos Junior, diz que “a reação de conservadores representa o medo das elites de ter seu espaço ameaçado pelos excluídos".

Contra a corrente
O enredo corre solto no PSB. O governador Geraldo Alckmin nem o PSDB pensam em abrir mão da vice em favor do PSB, como sonha o deputado Márcio França (SP). Alckmin quer ser candidato a presidente em 2018 e não deseja deixar no governo, durante 10 meses, o aliado de um de seus prováveis adversários, o socialista Eduardo Campos.

Palanque exclusivo
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, independente de suas declarações, não quer uma aliança do governador Geraldo Alckmin com o PSB, pois ela implica dividir o palanque tucano com o candidato socialista Eduardo Campos.

Reforçando o alicerce
Os palanques regionais são a maior dor de cabeça dos candidatos de oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois estão empenhados em construir candidaturas no maior número de estados. Vários quadros estão sendo pressionados a entrar na disputa para dar suporte à campanha nacional.

Palanque mineiro
O ministro da Agricultura, Antonio Andrade, anuncia amanhã ao comando do PMDB se será vice na chapa do candidato do PT ao governo de Minas, o ministro Fernando Pimentel. O PT dá a dobradinha como certa. Mas o PMDB ainda não.

Na crista da onda
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), foi festejado pela massa na Lavagem da Igreja do Bonfim, na quinta-feira. Seus partidários estranharam a ausência do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves. Oportunidade perdida.

O bistrô da livraria Sebinho, na Asa Norte, em Brasília, virou ponto de encontro de assessores do governo Dilma. Eles se escondem dos locais glamorosos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Eduardo Campos diz que não há definições sobre alianças estaduais

O governador de Pernambuco acrescentou ainda que quem apostar no desentendimento entre ele e a ex-senadora Marina Silva "vai perder"
 
JOSÉ CRUZ/ABR
Para Campos, muitos desejam que a aliança com Marina não dê certo

Diante das especulações sobre divergências com Marina Silva (PSB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse na manhã de ontem que não há definição alguma sobre a política de alianças nos Estados e afirmou que quem apostar no desentendimento entre ele e a ex-senadora “vai perder”.

Campos disse que, a partir da aliança anunciada em outubro passado, muitos ficaram “surpresos, para usar uma palavra bem amena”, e criaram teses para afastá-lo de Marina.

“Há um desejo de que essas coisas (aliança com Marina) não deem certo. Tem muita gente que deseja muita coisa e não consegue. Não vão conseguir essa, por exemplo”, disse o governador. “Quem está torcendo para dar errado aposte barato porque, se apostar caro, vai perder muito”, afirmou. De acordo com Campos, “em mais de 20 Estados” não há divergências entre PSB e a Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva tentou criar sem sucesso.

Ele citou como exemplo Pernambuco, onde, apesar de o candidato ainda não ter sido escolhido, não falta consenso entre os dois grupos.

Já em Estados como São Paulo, há divergência: o PSB defende uma aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o que desagrada a Marina e seu grupo.

Campos disse que sua provável adversária, a presidente Dilma Rousseff, enfrenta mais falta de consenso que ele.

“Se você for fazer um quadro comparativo dos problemas que tem na aliança governista em cada Estado, enche uns dez cadernos de jornal e umas 50 telas. Nós temos muito menos problemas e temos, sobretudo, a disposição de resolvê-los”, afirmou.

Eduardo Campos disse existir um “diálogo fraterno” entre Rede e PSB, mas que não há decisão em nenhum Estado. O governador afirmou ainda que as alianças nos Estados estão em segundo plano, pois a prioridade é o projeto nacional.

“Não temos a pretensão de resolver todos os Estados da forma que desejávamos resolver. Nem necessariamente vamos ter consenso em todos os Estados. A nossa prioridade é o debate nacional”, afirmou. “Onde der para todo mundo ir junto, vamos juntos. Onde for impossível ir junto, a gente vai, preservando o projeto nacional, cada partido fazendo sua aliança”, completou.

O debate sobre as alianças nos Estados deve ficar mais intenso no próximo mês, depois que o partido fechar o documento que servirá de base para o programa de governo. Até o final de janeiro, Campos pretende fechar as diretrizes programáticas. “Só depois de fechado esse documento iremos tirar um documento de referência sobre a tática eleitoral, que tem que responder ao conteúdo”, afirmou. O documento com linhas gerais está sendo elaborado pelo PSB e pela Rede. Somente depois de concluído deve ser levado aos outros aliados, PPS e PPL. (da Folhapress)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Ex-ministro de FHC concorrerá em Minas Gerais


O ex-ministro Pimenta da Veiga será o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais. A escolha do nome dele foi decidida pelo presidente do partido, Aécio Neves, num arranjo que amarra o PP de Minas ao candidato tucano à Presidência. O vice na chapa de Pimenta será o deputado Dinis Pinheiro, atual presidente da Assembleia Legislativa, um ex-tucano que deixou a sigla para se filiar ao PP em outubro passado.

O PP é o terceiro maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Em Minas, o partido integra o governo Antonio Anastasia (PSDB) - Alberto Pinto Coelho é o vice e vai assumir o governo com a desincompatibilização do governador. Anastasia disputará o Senado.

Oficialmente, o nome do candidato tucano só será anunciado no dia 20 de fevereiro, enquanto a decisão de Anastasia de deixar o governo para se candidatar a senador será sacramentada em março. Na movimentação das peças do xadrez mineiro, feita esta semana por Aécio, Pimenta da Veiga e o deputado Marcus Pestana deverão continuar a percorrer o Estado como possíveis candidatos. Perguntado, Aécio negou anteontem que o candidato ao governo já tenha sido escolhido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

'No momento, a resposta é não', diz Bernardinho sobre candidatura no Rio

ITALO NOGUEIRA
DO RIO
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O técnico Bernardinho, da seleção masculina de vôlei, negou pela primeira vez que pretenda se candidatar ao governo do Rio. Ele afirmou que não consegue "se enxergar" como postulante ao Palácio Guanabara e disse não ser "a pessoa mais indicada".
A declaração, dada à emissora SporTV na quinta-feira (9), é a primeira desde o início do assédio que vem sofrendo do PSDB. Ele se filiou ao partido em agosto do ano passado e é visto pelo senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência pelo partido, como o palanque ideal no Rio.
A negativa, porém, não é definitiva. Ele afirmou na entrevista que "no momento, a resposta é não". Bernardinho apontou como principal razão para rejeitar a candidatura a resistência da família.
"No momento a resposta é não. A família em casa tem uma resistência enorme em relação a isso. Tenho filhas pequenas. Há 20 anos que estou trabalhando em seleções como treinador. Já fiz um certo sacrifício do ponto de vista de distância da família, pressão... Pelo amor de Deus, [pressão] completamente diferente de uma candidatura ao governo de um Estado. Isso seria muito maior", disse o técnico.

Moacyr Lopes Junior - 26.jun.2013/Folhapress
O técnico Bernardinho durante treino da seleção brasileira
O técnico Bernardinho durante treino da seleção brasileira
Aécio tem feito forte pressão para Bernardinho aceitar a candidatura. O senador chegou a ligar para o treinador até mesmo quando ele estava fora do país, comandando a seleção na Copa dos Campeões, em novembro. A dirigentes da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o treinador disse no fim de 2013 que, naquele momento, não pretendia ser candidato.
A mulher de Bernardinho, a ex-jogadora de vôlei Fernanda Venturini, por sua vez, já declarou abertamente sua rejeição. "A família quer ele nas quadras e não na política", disse ela em novembro.
O presidenciável tucano havia comemorado a filiação do técnico, o apontando "grande alternativa" e "um grande motivador que pode oxigenar a política do Rio". Bernardinho, porém, disse "não ser a pessoa mais indicada".
"As pessoas têm apoiado, gostariam que eu fosse. Eu não me sinto mais capaz para assumir nada disso. Sinceramente não me vejo como candidato. Não consigo me enxergar como tal, apesar da pressão ser grande, as pessoas falem, acho que não sou a pessoa mais indicada", afirmou Bernardinho.
O treinador, porém, não deixou de comentar falhas do governo estadual. Ele comentou reportagem do jornal "O Globo" na qual apontava que o Estado investiu apenas 17% do previsto em saneamento básico.
"Vi no jornal hoje que investiu-se menos de 20% do que era previsto em saneamento. Fiquei pensando: 'Meu Deus, para onde a gente vai?'. Não vejo a transformação disse tudo com a candidatura de A ou de B. Tem que haver um pacto social em relação a isso, as pessoas tem que fazer a sua parte. Tem que parar que com isso e fazer aquilo que é certo, o que realmente tem que ser feito. Cada um de nós. Aí sim poderemos pensar numa mudança", disse ele.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Para PT, ‘chapa dos sonhos’ no Rio é Lindbergh, Crivella e Cabral

  • Presidente estadual do partido, Washington Quaquá se encontrou com governador do Rio nesta quarta-feira
  • Petista criticou política de segurança pública de Cabral
Cássio Bruno (Email · Facebook · Twitter)
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Atualizado:

Lula, Dilma, Lindbergh, Crivella e Cabral durante carreata na Zona Oeste do Rio na campanha eleitoral de 2010
Foto: Márcia Foletto/24-10-2010 / Agência O Globo
Lula, Dilma, Lindbergh, Crivella e Cabral durante carreata na Zona Oeste do Rio na campanha eleitoral de 2010 Márcia Foletto/24-10-2010 / Agência O Globo
RIO - O presidente do diretório estadual do PT no Rio, Washington Quaquá, disse nesta quarta-feira que a “chapa dos sonhos” da pré-candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado é ter como vice o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), e o governador Sérgio Cabral (PMDB), na disputa para o Senado na mesma aliança. A declaração de Quaquá foi feita na saída de um encontro dele com Cabral, no Palácio Guanabara, descartando a participação do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no acordo.
- Eu acho que a chapa dos sonhos, estou dizendo pelo presidente Lula sem ter autorização dele, é juntar Crivella, Lindbergh e Cabral. A vaga de vice está aberta para negociação. Acho que o Crivella daria um belíssimo vice, mas também não quero me meter nas decisões do PRB. Eles têm candidato a governador - disse o presidente do PT e também prefeito de Maricá.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro, o deputado federal Anthony Garotinho (PR), ex-governador, lidera com 21% das intenções de votos. Crivella e Lindbergh aparecem em segundo lugar com 15% cada um. O vereador Cesar Maia (DEM) ficou em quarto com 11%. Pezão registrou apenas 5%.
Cabral, no entanto, insiste em lançar Pezão como seu sucessor. Para isso, deixará o cargo em 31 de março e pretende disputar as eleições de outubro deste ano. Com a imagem desgastada desde o início das manifestações, em junho do ano passado, o governador concorrerá a uma vaga no Senado ou a deputado federal.
- Estamos na fase das conversas. Cada partido quer ocupar seu espaço. Eu também estou fazendo o mesmo esforço deles (petistas) em ter o apoio do PMDB. Quero ter o apoio do PT - disse Pezão.
A deputada federal petista Benedita da Silva também defendeu a chapa formada por Lindbergh, Crivella e Cabral:
- Com essa chapa, não estamos excluindo nenhum aliado. É uma chapa equilibrada.
No encontro com Cabral, Quaquá reafirmou que a pré-candidatura de Lindbergh é “irreversível” e que terá uma reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, em São Paulo, no próximo dia 14, para discutir a saída dos petistas do governo Cabral até o fim deste mês. Lula, por sua vez, quer que isso ocorra apenas em março, quando Cabral deixar o governo.
- Vamos discutir esse processo, pelo amor de Deus, definitivamente. Isso está virando uma novela. Ou a gente define logo o final da novela ou entrega para o Manoel Carlos ou algum autor mexicano. Talvez fique melhor. Nós, do Rio, queremos sair em janeiro - disse Quaquá.

O PT do Rio, principalmente o grupo de Lindbergh, já tentou deixar a administração de Cabral várias vezes desde o ano passado, mas sempre foi barrado por Lula. O ex-presidente quer evitar um desgaste com o PMDB para não prejudicar a aliança nacional da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição. No primeiro escalão, o PT comanda as secretarias estaduais de Assistência Social (Zaqueu Teixeira) e de Meio Ambiente (Carlos Minc).
- Quanto mais passa o tempo, menos tempo temos para organizar nossa tropa. Não estamos entrando ou saindo porque o governador está bem ou mal (avaliado). Se estivesse bem, estaríamos saindo do mesmo jeito - ressaltou o prefeito de Maricá.
Quaquá criticou a política de segurança de Cabral:
- A política de segurança tem um acerto, que são as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Mas é um meio acerto. Não tem investigação, não tem prisão de quadrilha, e, com essa política, bandidos acabam sendo expulsos para outras cidades, como a minha (Maricá), por exemplo.
Procurado pelo GLOBO, Cabral não quis dar entrevista. Crivella disse apenas que confirma sua pré-candidatura ao governo. Já Rui Falcão, não retornou às ligações.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/para-pt-chapa-dos-sonhos-no-rio-lindbergh-crivella-cabral-11247211#ixzz2ptGWbo1O
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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MIRO TEIXEIRA NO PANORAMA POLÍTICO (O GLOBO - ILIMAR FRANCO)
Cabo de guerra
A Rede está se fortalecendo no interior do PSB. Os socialistas resistem no cotovelo. Mas ganha terreno a possibilidade de apoio das candidaturas de Miro Teixeira (PROS) ao governo do Rio e de Walter Feldmann (PSB/Rede) em São Paulo. (Foto: Arquivo)


O trecho supra foi destacado da seguinte matéria, publicada hoje em "O Globo":


Panorama Político - 07-01-2014 (Ilimar Franco)
 
A Câmara parada

              Aumenta a temperatura entre o Planalto e o comando da Câmara. A Casa não vota desde setembro. O ano é de reeleição. E, há projetos de interesse dos eleitores na fila para votar. Entre estes: regular a PEC das domésticas; piso salarial dos policiais e dos agentes de saúde; fim do fator previdenciário; tornar a corrupção crime hediondo; e, Ficha Limpa para servidor público dos três Poderes.

O PT leva um chega para lá
O Planalto está informando aos petistas que eles devem reduzir a fome para a reforma ministerial. O partido quer fazer o sucessor da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Os paulistas têm até um candidato, o deputado Ricardo Berzoini. Acontece que a presidente Dilma não abre mão de ter ao seu lado, no Palácio, nomes de sua mais absoluta confiança. Por isso, Aloizio Mercadante (Educação) está bem posicionado para a Casa Civil e Ideli Salvatti a ficar em seu lugar. Ela perdeu a disputa interna no PT catarinense para concorrer ao Senado. E, é tarde para Ideli organizar campanha para deputado federal sem ter que atropelar os “companheiros”.

A paciência já se esgotou. Vamos votar o Marco Civil da Internet com ou sem acordo, para aprovar ou rejeitar, no retorno do recesso

Henrique Eduardo Alves
Presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RN)Cabo de guerra
A Rede está se fortalecendo no interior do PSB. Os socialistas resistem no cotovelo. Mas ganha terreno a possibilidade de apoio das candidaturas de Miro Teixeira (PROS) ao governo do Rio e de Walter Feldmann (PSB/Rede) em São Paulo.
Só na água
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foi parada na madrugada de ontem em blitz da Lei Seca, na Rua do Catete. Ela foi reconhecida, cumprimentada pelo guarda. Mas este pediu para Jandira descer do carro e entrar na fila do bafômetro. Ele foi liberada, o teste deu negativo. Jandira tinha passado o dia num churrasco, mas se limitou a consumir sucos e água.Vem aí, mais médicos
As universidades federais abriram este ano 60% a mais de vagas para Medicina. Em 2013, foram oferecidas pelo SISU pouco mais de 1.800 vagas para o curso em todo o país. Para este ano, chegaram a 2.950 os lugares disponíveis.Fica combinado assim
O DEM perdeu a Secretaria da Agricultura de Minas Gerais. Assumiu um deputado do Solidariedade, o Zé Silva, e suplente Mário Heringer (PDT) se manteve na Câmara. A explicação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para os aliados do DEM: “Para eu fortalecer vocês, antes vocês tem que me fortalecer”.Factóide da Copa
As ameaças do governo para forçar as empresas aéreas a baixarem seus preços, para a Copa, não assustam. Não há tempo para abrir o mercado para empresas estrangeiras nem há espaço disponível para atendê-las nos aeroportos.
A fila anda
Com a prisão de João Paulo Cunha (PT-SP) decretada, petista Iara Bernardi será efetivada na vaga. Para assumir como suplente será chamado Gustavo Petta (PCdoB). Mas se ele não aceitar, a próxima da fila é Maria Lúcia Prandi Gomes (PT).
O vice Michel Temer vai reunir, dia 17, os 92 prefeitos do PMDB paulista para apoiar a chapa Paulo Skaf governador/Dilma presidente.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014