Rio - O senador Lindbergh Farias (PT) dará amanhã,na sede do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio (Sindipetro-RJ), no Centro, o primeiro chute para o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Rio em 2014. No encontro marcado pelo diretório estadual do PT para uma análise sobre o desempenho do partido nas eleições, Lindbergh vai anunciar a largada da sua “Caravana da Cidadania”. Será em Japeri, na Baixada, após o Carnaval, que o petista sairá em busca dos primeiros votos.
Lindbergh vai reeditar no Estado do Rio viagens que Lula fez entre 1993 e 1994 pelo interior do Brasil | Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Lindbergh vai reeditar no Estado do Rio viagens que Lula fez entre 1993 e 1994 pelo interior do Brasil | Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Lindbergh quer, com o movimento, reeditar a Caravana da Cidadania do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que percorreu várias cidades do interior do Brasil entre 1993 e 1994. A iniciativa serviu de base para o programa Fome Zero, implantado por Lula no primeiro ano de seu mandato.

Há quatro anos, Lindbergh lançou sua candidatura a governador pelo PT, mas foi forçado pela direção nacional a recuar e apoiar Sérgio Cabral (PMDB). Agora, ele diz que o PT está unido em torno do seu nome. “Tenho 95% do partido, chegou a minha vez”, avisa.

O senador deixa claro que o movimento não significa o fim da aliança com o PMDB, aliado no governo do estado e na Prefeitura do Rio. E garante, ainda, que respeita a pré-candidatura de Luiz Fernando Pezão, vice-governador e nome do PMDB para as eleições de 2014. Para ele, seu movimento não inviabiliza a aliança.

No PT, cresce a corrente que incentiva a pré-candidatura de Lindbergh para que ela se consolide como a opção mais forte para derrotar o ex-governadora Anthony Garotinho, do PR.

'O PT está muito unido no Estado'

1. Qual o tema do encontro do PT do Rio amanhã?
— Vamos discutir os resultados nas eleições. Vencemos em 11 prefeituras, e conseguimos importantes aliados, como em Caxias e em Macaé. Já o PMDB encolheu.

2. Há risco de nova intervenção da executiva nacional do PT?
— Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, o PT está muito unido no estado, e não temo esse risco.

3. Como será a relação com o PMDB daqui em diante?
— O PMDB é nosso aliado e vai continuar sendo. Tivemos grandes avanços com o governo de Sérgio Cabral, mas precisamos avançar mais.